Enquanto eu aguardava ser chamada para realizar meu exame no hospital, presenciei uma conversa na sala de espera entre duas mulheres de 55-60 anos dialogando sobre os desafios de saúde em família que elas enfrentaram nos últimos tempos, câncer e AVC, com seus respectivos impactos na vida familiar.
Em certo ponto começaram a falar sobre seus próprios problemas de saúde e iniciaram a “competição” de quem tem mais diagnóstico, entre elas: diabetes, reumatismo, hipertensão, histórico de trombose, tabagismo desde os 16 anos, por aí vai… Uma até falou “meu médico já disse que dos 70 anos eu não passo”.
Fiquei refletindo sobre esse diálogo, no quanto as pessoas se acostumaram a envelhecer com diagnósticos e demandas de saúde como se fosse “normal” para a idade e do corpo humano, sem levar em consideração que muitas doenças estão atreladas ao estilo de vida e hábitos alimentares. Essa perspectiva de envelhecer de forma doente gera, e gerará ainda mais, complicações na saúde física, mental e espiritual das pessoas.
Envelhecer não é sinônimo de adoecer! A crença cultural de que o envelhecimento é acompanhado do adoecimento pode influenciar a saúde integral de muitas gerações. É preciso transformar essa perspectiva e repensar o que significa envelhecer!